Orações

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Orações
Ao perceber que seu ministério começava a atrair muitas pessoas, Jesus convida seus ouvintes para um lugar tranquilo e os ensina. Ele exorta seus companheiros de caminhada a terem cuidado ao fazer o bem para que este gesto não vire peça de teatro. Pode ser um bom espetáculo para os seres humanos, mas Deus não aplaude. O mesmo ele fala sobre a oração. Ao buscarmos Deus em oração não devemos fazer deste momento uma produção teatral. Ele adverte sobre as orações que se transformam em verdadeiros shows em busca do estrelato. Deus não está no camarote, apreciando o espetáculo.
Nos últimos anos algumas mulheres me pedem para solicitar ao pastor a vinda de um movimento de oração bastente conhecido no país voltado para mães (e não há nada de errado neste desejo). Devido aos compromissos já assumidos minha resposta sempre é a mesma: “Devemos colocar este desejo diante de Deus”. Este ano não está sendo diferente. As ligações já começaram. E com as ligações surgi um grande incomodo devido a argumentação para que o movimento seja criado. Não tenho respostas, mas quero compartilhar com você nesta manhã meu incomôdo.
Porque deveriamos reunir um grupo de mães para orar? A resposta parece tão óbvia e é claro que devemos orar. Mas será que temos buscado um lugar tranquilo e isolado, de modo que não sejamos tentados a interpretar diante de Deus? Buscamos Deus de forma simples e honesta, de modo que o centro da atenção seja Deus e não quem ora? Percebemos a graça de Deus nestas reuniões de oração? Nossas reuniões de oração são mecanicas focadas nas necessidades físicas e pessoais? O que nos move para reuniões de oração? Sabemos orar como convém ou estamos utilizando fórmulas, programas, conselhos, técnicas de vendas para conseguir o q ue queremos de Deus?
Jesus ao ensinar a orar orienta para que não cometamos estas tolices. Nós estamos diante de Deus e ele sabe o que estamos precisando, melhor do que nós mesmos. Ele nos ama e por esta razão podemos orar de forma simples. Jesus disse que ao orar devemos pedir ao nosso Pai que está no céu que se revele a nós, revele quem é Ele. Devemos pedir que Ele faça o que for melhor tanto no céu como na terra. Que não falte o alimento sobre a mesa. Que nos preserve perdoados em sua presença e ao mesmo tempo que perdoamos nosso próximo. Jesus nos orienta a pedirmos ao Pai que nos guarde de nós mesmos e do diabo, entregando o comando de nossas vidas a Ele, pois assim haverá uma conexão entre o que Ele faz e o que nós fazemos, pois como poderemos receber perdão se não perdoamos. Quando deixamos de fazer a nossa parte a conexão cessa.
Ele segue falando do jejum que também não pode ser transformado em um espetáculo, pois o propósito do jejum é fazer com que estajamos concentrados em Deus. Não é preciso nenhum artíficio para chamar a atenção de Deus. Ele não vai deixar de ver o que nós estamos fazendo e ele sabe recompensar muito bem.
Há um perigo muito grande de nossas oraçãos se transformarem em repetições hipócritas ou expressões sem sentido e mecânica. Jesus no sermão da montanha chama a atenção para a tolice do fariceu. A hipocrisia é uma deturpação do propósito da oração desviando a glória de Deus para a glória do eu; a verborragia é uma deturpação da própria natureza da oração tornando-a, de uma abordagem real e pessoal a Deus, em uma eloquencia sem sentido. Frases enfadonhas e prolixas. Tagarelice na presença de Deus. Orações feitas com a boca quando a mente não está engajada. Jesus está diz endo que Deus não se impressina com os mecanismos e as estatísticas da oração (Mt 6.8).
João Calvino disse que os crentes não oram com o objetivo de informar a Deus sobre coisas que lhe sejam desconhecidas, ou de instigá-lo a cumprir sua obrigação, ou de conclamá-lo, como se estivesse relutante. Pelo contrário, nós oramos a fim de que possamos despertar em nós mesmos com o intuito de buscá-lo, exercitar a fé na meditação em nas promessas de Deus, alivar-nos de nossas ansiedades ao nos derramar em seu seio; em uma palavra que possamos declarar que tem esperança e esperarmos Dele somente, para nós mesmos e para os outros, todas as coisas boas.
Nossas orações devem ser verdadeiras, sincera em oposição à hipocrisia, reflexiva em oposição à mecânica. Nossas orações são dirigidas ao nosso Pai – ele preenche os ideias de paternidade no cuidado amoroso para com seus filhos. Ele é poderoso, seu poder é capaz de realizar. Ele é sábio.
Meus irmãos, quero convidá-los a passar um tempo lembrando quem é Aquele a quem estamos nos dirigindo. Quem é Aquele a quem dirigimos nossas orações.
Nosso Pai do céu, nós adoramos o seu santo nome. Pedimos que seu reino venha logo. Que a sua vontade seja feita aqui na terra, tal como é feita no céu. Conceda-nos graça para confessarmos nossos pecados nos humilharmos diante de ti. Conceda-nos compaixão e zelo por tua igreja e desejo de conhecer a ti, ver tua face e contemplar a tua glória em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

Que o Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito.
Paz!
Regina Lopes

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