Na Escola dos Verdes Pastos

domingo, 25 de janeiro de 2009


http://www.yaveraah.com.br/jerusalem16.jpgCatherine era jovem, casada havia pouco com um pastor famoso em todo o país, mãe de um lindo garotinho, quando foi acometida pela tuberculose, moléstia praticamente incurável na época.
Sustentada por uma fé inabalável, apoiada pelo marido amoroso e dedicado, ela passou muito tempo confinada ao quarto, sempre de cama. Seu filho passou de bebê a garoto levado da breca sob a supervisão de outras pessoas que cuidaram da casa e da família durante aqueles anos sombrios. Sua prece por cura era o primeiro pensamento que lhe vinha à mente cada manhã e o que a embalava ao adormecer cada noite. A cada seis meses, fazia exames que determinariam se estava ou não curada. A cada seis meses, a esperança com que ia fazer os exames era derrubada pelo resultado. Continuava tuberculosa.
Foi uma época de profundas indagações espirituais. Volta e meia, ela perguntava: “Senhor, o que desejas me ensinar? Sei que és poderoso, que podes me curar. Se não me curaste ainda, tens algum propósito nesta doença. Então, por favor, ensina-me a ver esta situação através da tua perspectiva!” 
Durante os seis meses de repouso e espera, ela se aprofundava no estudo da Palavra e na comunhão com seu Deus, ansiosa por aprender logo o que ele queria lhe ensinar. Com isso, foi descobrindo verdades maravilhosas no que ela veio a chamar de Escola dos Verdes Pastos. Quando vinha a hora dos exames médicos, ela, confiante de já haver aprendido o que Deus queria que aprendesse, esperava a “colação de grau” que viria depois de “ter passado” nos exames. Quando novamente “repetia”, pensava: “Ah, então não era essa a lição que Deus queria me ensinar.” E voltava para a cama e para a Bíblia.
Dois longos anos se passaram nessa agonia de espera. Ela se sentia totalmente inútil. Não podia cuidar do filho, era apenas um estorvo na vida e no ministério do marido, nada fazia além de ficar naquela cama e tentar entender o que Deus queria de sua vida. Após os resultados ainda positivos dos últimos exames, aquela moça, no limite de sua fé, entendeu que talvez o que estava em jogo não era o que Deus queria lhe ensinar, mas, sim, sua própria vida. Desistir da cura? Como poderia fazer isso? Não veria o filho crescer? Não envelheceria junto com o homem a quem tanto amava? Era isso o que Deus queria?
A luta foi grande, mas, afinal, o coração sangrando, ela entregou seu desejo de cura e restauração nas mãos de Deus. Ele a consolou de uma forma maravilhosa. O exame seguinte foi feito, mas ela estava tranquila quanto ao resultado. Qual não foi sua surpresa quando a resposta foi negativa. Estava curada! Deus lhe havia devolvido a vida que ela Lhe entregara! Catherine Marshall viveu muitos anos para ser uma escritora famosa, cujos livros inspiradores ensinaram a milhões de pessoas no mundo todo as lições que ela aprendeu na escola do seu Pastor!
Você já se viu numa situação semelhante de desalento, de impotência diante de circunstâncias adversas? Talvez esteja enfrentando um desapontamento ou uma dor profunda neste exato momento. O que Deus está querendo de você quando, apesar de ter poder para isso, não lhe concede aquilo por que seu coração tanto anseia, a ponto de parecer que, ao aceitar o não divino, está renunciando à própria vida?
Já passei por situações como essas. Foram sonhos bons, coisas preciosas a que tive de renunciar quando orei para que, antes da minha vontade, a do Senhor fosse feita. Muitas vezes, “repeti” no exame, e concluí: “Ah, então não era isso que o Senhor estava querendo me ensinar!” Só que, a cada “ah, então”, a cada nova renúncia, a dor ia ficando mais profunda, o desespero, maior. E com mais força ainda eu me agarrava àquilo que parecia prestes a ser-me tirado. Somente quando de fato e de coração entregava aquele desejo nas mãos de Deus sentia sua paz me inundar, mesmo que nada tivesse mudado nas circunstâncias.
Às vezes, depois dessa entrega, Deus me disse sim, dando muito mais do que eu jamais imaginara possível. Às vezes, ele tomou para si aquilo que entreguei, mas cuidou carinhosamente das minhas necessidades, enchendo-me da certeza da sua bondade e misericórdia mesmo quando a perda me foi muito dolorosa.
Numa ocasião em que eu estava devastada por um sofrimento maior do que eu jamais imaginara ter de passar um dia, o “anjo” que o Senhor enviou para me consolar, sem saber do que se tratava, me disse que havia sido tocado pelo próprio Senhor a orar por mim aquela semana. E concluiu: “Dona Wanda, pode estar certa de que a senhora não está esquecida diante do trono de Deus. Mas o Senhor só usar pessoas que foram quebrantadas.”
Hoje sei por experiência própria que Deus usa aquilo que permite em minha vida para me levar mais perto de si. Cada “ah, então” era um ajuste que eu tinha de fazer no meu rumo para chegar mais perto da Sua vontade. O número de vezes em que tive de fazer esse ajuste me mostrou quanto eu estava distante do lugar onde deveria estar. Mesmo sonhos e desejos bons podem ocupar o lugar errado em minha vida se eu os desejar mais do que desejo a boa e perfeita vontade de Deus.
Na Escola dos Verdes Pastos tenho aprendido que o Senhor sabe a prova que tem de me dar para revelar coisas que talvez estejam ocupando o Seu lugar em meu coração. É por isso que o apóstolo Tiago nos exorta: “Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. . .Eis que temos por felizes aos que perseveraram firmes. . . porque o Senhor é cheio de terna misericórdia, e compassivo” (1:2-3; 5:11). 

Wanda Assumpção





Medida de Sinceridade


"Atentarei sabiamente ao caminho da perfeição...Portas a dentro, em minha casa, terei coração sincero" (Salmo 101:2).

http://www.portalhojemaisbonito.com/images/lar%20doce%20lar.JPGAs portas fechadas que resguardam a intimidade de muitos lares vêm sendo escancaradas para revelar cenas deprimentes de abuso sexual, físico e emocional. Ninguém pode avaliar ao certo a extensão das mazelas que infestam e destroem o que deveria ser um lugar de segurança, aceitação e amor incondicionais.
Mesmo nos lares mais bem estruturados, a intimidade cotidiana acaba revelando fatalmente as falhas das pessoas que ali convivem. Dentro de casa é que tiramos os disfarces, as máscaras e nos mostramos como realmente somos. Nada como a mágoa refletida nos olhos de uma pessoa querida a quem criticamos, a raiva de um filho que tratamos injustamente, a decepção de um cônjuge a cuja expectativa não correspondemos para nos mostrar sem disfarces as rachaduras da nossa pessoa. 
Entretanto, nosso coração enganoso racionaliza nossas ações, justificando-as e defendendo atitudes que não teríamos para com estranhos, mas que temos para com aqueles a quem devemos amar e honrar antes de todos os outros.
É por isso que precisamos atentar ao caminho da perfeição, nos deixar repreender pelos preceitos de Deus (Salmo 19:11). Só então poderemos fazer um propósito sério de levar uma vida transparente não só diante daqueles que conosco convivem "portas a dentro" do nosso lar, mas também diante de Deus.
O testemunho dos que convivem conosco na intimidade do nosso lar é o reflexo mais fiel que temos da sinceridade do nosso coração.


Wanda Assumpção

Sobrecarregados


"Ai daquele que acumula o que não é seu (até quando?), e daquele que a si mesmo se carrega de penhores" (Habacuque 2:6-7)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAG3n8na1nXNQkQFTFebl-YoVqfiAff2fxeDswguKn13lHMavKWTrdArz_23tObTIdx0iFxdnyH-RVxc-IisRXkQ3xxpWHFG6HWIsGIVeKXoELqrWj7zms8JIh4KWC8jXbFGLbG1K0s9uS/s200/sobrecarregado.jpg Sempre pensamos em penhores como dívidas de dinheiro. Entretanto, todo compromisso que assumimos passa também a ser um penhor. Muitos de nós vivemos tensos, irritados porque comprometemos o nosso tempo além das 24 horas por dia que Deus nos dá. 
Eu estava vivendo assim quando certa manhã, ao ler a Palavra de Deus, acabei sendo dirigida ao livro de Habacuque. Na mensagem do profeta aos caldeus, ele apontou um dedo para mim quando começou falando de penhores. Essa era eu! Sobrecarregada de penhores! Não de dinheiro, mas de compromissos. Eu realmente havia penhorado mais tempo do que dispunha. A qualidade do meu serviço estava ficando aquém do que poderia ser. O versículo 7 deixou bem claro qual seria o meu fim, se eu persistisse nesse caminho: "Não se levantarão de repente os teus credores? . . . Tu lhes servirás de despojo." As próprias pessoas a quem eu buscava servir podiam, com todo o direito, vir a queixar-se por eu não corresponder às suas expectativas. 
Jesus conhece as minhas forças e a minha capacidade e quando me pede que vá além delas, ele próprio supre as minhas deficiências. Se não está suprindo, então estou agindo por conta própria, e não a mandado dele. "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. . .porque. . . o meu fardo é leve" (Mat. 11:28-30). Se meu fardo está pesado, ou não é o que Deus tem para mim ou eu o estou carregando por minhas próprias forças.


Wanda Assumpção

Obedientes


"Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpríssemos à risca" (Salmo 119:4)
 
http://www.alexandracaracol.com/ficheiros/dezembro05.jpgCerta vez presenciei uma cena que me chocou bastante. Eu visitava uma amiga, mãe de um garotinho de 4 anos. A casa deles ficava numa avenida larga e arborizada, pela qual fluía uma fila constante de veículos apressados. Enquanto conversávamos, o garoto passeava de triciclo pela calçada. De repente, o menino enveredou decidido para o leito da rua. De um salto, minha amiga estava ao lado dele, segurando o triciclo. Levando o filhinho para dentro, ela lhe aplicou umas palmadas dolorosas. Vendo meu olhar assustado, explicou: "Ele sabe que não pode nem pensar em sair da calçada. É perigoso demais. Tem de me obedecer à risca para seu próprio bem!"
O mundo em que vivemos, contaminado pelo pecado, é um lugar perigoso demais. Por isso, Deus nos deu mandamentos que deseja que cumpramos à risca. São mandamentos que muitas vezes contrariam nossos desejos naturais e parecem impor restrições irritantes e maldosas à nossa liberdade. Entretanto, são eles que nos levam pelo caminho da vida anti-natural. Somente quando os obedecemos "à risca" provamos o poder sobrenatural do nosso Deus.
É quando perdoamos aqueles a quem naturalmente deveríamos odiar, quando damos além do que naturalmente poderíamos dar, quando amamos alguém indigno do nosso amor que vemos e entendemos um pouco mais de quem Deus é e crescemos na confiança do seu amor e da sua sabedoria. Aprendemos de fato que, ao ordenar essas coisas, ele quer o nosso bem. "Andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem" (Jeremias 7:23).


Wanda Assumpção


A Intercessão do Espírito


"Se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também" (Salmo 139:8)

http://www.ocasal.blogger.com.br/71426731.jpgPoucas vezes eu me sentira tão impotente e desamparada em toda a minha vida. Quando cheguei em casa, vindo do hospital onde meu marido fora operado do coração aquela manhã, a seriedade do estado dele se abateu sobre mim. Entrar sozinha no nosso quarto, desfazer a mala, guardar as coisas dele. . . 
Eu sabia que a cirurgia em si tinha sido um sucesso, mas também sabia que ele estaria na UTI, no "mais profundo abismo" da anestesia, por mais de 24 horas. Inconsciente, ele nem mesmo podia clamar pelo nome do Senhor. Então, clamei eu e reivindiquei para ele a verdade do Salmo 139.
Nosso pastor me telefonou para saber notícias e contei-lhe minha preocupação. Então ele, que já passou por muitas situações semelhantes, me relembrou Romanos 8:26-27: "Também o Espírito semelhantemente nos assiste em nossas fraquezas...o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. . .porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos."
Tranquilizada, deixei a obra de intercessão nas melhores mãos possíveis e, exausta física e emocionalmente, fui dormir um sono reparador. 
Na manhã seguinte, reli o Salmo 139 e o versículo 7 me chamou a atenção de uma maneira como nunca fizera antes. "Para onde me ausentarei do Teu Espírito?" Enquanto estivermos aqui neste mundo, o Espírito estará dentro de nós, intercedendo por nós, assegurando assim que nossas orações sejam respondidas segundo a vontade de Deus, ajustando os desejos do nosso coração aos do coração de Deus ao nos conduzir pelo caminho da santificação, sem a qual não veremos a Deus.
Wanda Assumpção

A Busca da Santidade

http://www.evangelizabrasil.com/wp-content/uploads/2008/01/biblia.jpg Muitos dos segredos da santidade nos são revelados nas páginas da Bíblia. De fato, um dos objetivos principais da Escritura é mostrar ao povo de Deus como levar uma vida que lhe seja digna e que lhe agrade. Porém um dos aspectos mais negligenciados na busca da santidade é a parte que compete à mente, conquanto o próprio Jesus tenha posto o assunto fora de qualquer dúvida quando prometeu: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. É mediante a sua verdade que Cristo nos liberta da escravidão do pecado. De que forma? Onde se encontra o poder libertador da verdade?
Para começarmos, precisamos ter um quadro bem claro do tipo de pessoa que Deus pretende que sejamos. Temos de conhecer a lei moral de Deus e os mandamentos. Como o expressou John Owen: “o bem que a mente não é capaz de descobrir, a vontade não pode escolher, nem as afeições podem se apegar”.. Portanto, “na Escritura o engano da mente comumente se apresenta como o princípio de todo pecado”.
O melhor exemplo disso pode-se encontrar na vida terrena do nosso Salvador. Por três vezes o diabo aproximou-se dele e o tentou no deserto da Judéia. Nas três vezes Ele reconheceu se má a sugestão que lhe fizera Satanás e contrária à vontade de Deus. Três vezes Ele se opôs à tentação com a palavra gegraptai: “está escrito”. Jesus não deu margem a qualquer discussão ou argumentação. A questão já estava decidida, logo de partida, em sua mente. Pois a Escritura estabelecera o que é certo. Este claro conhecimento bíblico da vontade de Deus é o segredo básico de uma vida reta.
Não basta sabermos o que deveríamos ser, entretanto. Temos de ir mais além, resolvendo, em nossas mentes, a alcançá-la. A batalha é quase sempre ganha na mente. É pela renovação de nossa mente que nosso caráter e comportamento se transformam. Assim é que, seguidamente, a Escritura nos exorta a uma disciplina mental nesse sentido. “Tudo o que é verdadeiro”, diz ela, “tudo o que respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.
De novo: Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
De novo ainda: “Os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”.
O autocontrole é, antes de tudo, o controle da mente. O que semeamos em nossas mentes, colhemos em nossas ações. “Ler É Viver” foi o lema de uma recente campanha publicitária. É um testemunho do fato de que a vida não consiste apenas em trabalhar, comer, dormir. A mente tem de ser também alimentada. E o tipo de comida que nossas mentes receberem determinará que tipo de pessoa seremos. Mentes sadias têm um apetite sadio. Temos de satisfazê-las com alimento saudável, e não com drogas e venenos intelectuais perigosos.
Há, entretanto, uma outra espécie de disciplina mental a que somos convocados no Novo Testamento. Temos que considerar não somente o que deveríamos ser, mas também o que, pela graça de Deus, já somos. Devemos constantemente nos lembrar do que Deus já fez por nós, e dizer a nós mesmos: “Deus uniu-me com Cristo em sua morte e ressurreição, e assim acabou com a minha velha vida e me deu uma vida completamente nova em Cristo. Adotou-me em sua família e me fez seu filho. Pôs em mim seu Espírito Santo, fazendo de meu corpo seu templo. Também tornou-se seu herdeiro e prometeu-me um destino eterno, consigo, no céu. Isto é o que Ele fez para mim e em mim. Isto é o que sou em Cristo”.
Paulo não se cansa de nos incitar a que deixemos nossas mentes pensar nessas coisas. “Quero que saibais”, ele escreve. “Porque não quero, irmãos, que ignoreis...”E cerca de dez vezes em suas cartas aos Romanos e Coríntios ele profere esta pergunta incrédula: “Não sabeis...” “Não sabeis que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus , fomos batizados na sua morte?” Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos...? “Não sabeis que sois santuários de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo?
A intenção do apóstolo nesta enxurrada de perguntas não é apenas fazer-nos sentir envergonhados por nossa ignorância. É antes fazer com que nos dizem respeito, as quais de fato nos são bem conhecidas; e que falemos entre nós sobre elas até o ponto em que se apoderem de nossas mentes e moldem o nosso caráter. Não se trata do otimismo de autoconfiança de Norman Vicent Peale, cujo método procura conseguir que façamos de conta que somos algo que não somos. O método de Paulo é nos lembrar do que realmente somos, porque assim nos fez Deus em Cristo.


John Stott
 

Fonte: Crer é também pensar, John Stott.

 
 
 

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